terça-feira, 14 de maio de 2013

DESTAQUE DA ESCOLA

 
As professoras da Área de Linguagens têm a honra de parabenizar a aluna Júlia Lopes de Almeida, do 2º ano B, pelos artigos publicados no Jornal da Cidade.  A aluna mostrou sua competência  na escrita e sua irreverência ao tratar o tema futebolístico com apreciações pormenorizadas de importantes trajetórias de times de futebol.
 
 

2012: O ano em que o Corinthians calou a boca do mundo – duas vezes
A Libertadores
4 de julho de 2012 a América chegou ao Parque São Jorge. Depois de 52 anos de garra, força, fracassos e eliminações precoces, o Corinthians conquistou, merecidamente, o tão sonhado título da Copa Libertadores da América. Deixou pra trás fortes adversários como: Vasco, Santos e, o tão temido, Boca Juniors. Muitos disseram que não passariam da primeira fase. Terminou como primeiro do grupo. Depois falaram que não passaria do Emelec. Sem dificuldades, 3x0 no Pacaembu. Depois foi a vez do Vasco ser o “pesadelo” do Timão. Jogo pegado em São Januário, porém, no Pacaembu, o Corinthians jogou melhor, Cássio fez defesa histórica e Paulinho cabeceou a bola pro gol aos 43’ do segundo tempo, levando a fiel ao delírio. Com Tite na arquibancada, o Corinthians foi pra semifinal, depois de 12 anos. Pro jogo na Vila Belmiro, os palpites eram: “Neymar vai brincar em campo”; “Não terá nem graça”. Ainda no primeiro tempo o Corinthians surpreende, e com um golaço de Emerson, ganha de 1x0. No Pacaembu o Corinthians tomou seu primeiro gol dentro de casa. No primeiro tempo, Neymar abriu o placar. Mas logo na volta do intervalo, com 2 minutos do segundo tempo, Danilo esbanja experiência e empata o jogo, colocando, pela primeira vez na história, o Alvinegro numa final do campeonato. E como nada é fácil para o corinthiano, a final foi contra o “todo poderoso” Boca Juniors. O Corinthians, mais uma vez, era desacreditado por todos. E mais uma vez calou a boca dos mesmos. No caldeirão chamado “La Bombonera” o Corinthians foi pra cima e, após tomar um gol do rival, a estrela de Romarinho brilhou mais uma vez e empatou o jogo para o Timão num belo gol. No Pacaembu, pela primeira vez, não foi tão sofrido como o corinthiano gosta. Surpreendentemente o Corinthians dominou o segundo tempo, e o Boca não foi nem de longe, o Boca com o qual estamos acostumados. Emerson Sheik faz dois belos gols e entra pra história do time, assim, conquistando a América pela primeira vez.
O Mundial
O ano pro corinthiano já estava sendo o melhor possível. Para fechar com chave de ouro faltava um coisa, o Mundial Interclubes. Um título já conquistado, porém, nunca do outro lado do mundo. E essa expectativa começou logo após o apito final de Corinthians x Boca Jr. Mas foi no dia 5 de dezembro que começou essa batalha, o dia em que o Brasil parou pra ver a festa da Fiel no aeroporto. Algo jamais visto em outras edições. Mais de 15 mil torcedores invadiram Guarulhos e emocionaram jogadores, tudo para dar apoio, incentivar o time e deseja-los boa sorte. Após o acontecido a fiel começou a deixar o Brasil rumo a Terra do Sol Nascente. Mais de 30 mil corinthianos deslocaram-se até o outro lado do mundo para ver o campeão da América na tentativa de conquistar o mundo. Acontecimento inédito. Nunca, em época de paz, houve um deslocamento tão grande de pessoas de um continente a outro. A fiel tomou conta do Japão. Ela lotava hotéis, lotava treinos, lotava estádio, incentivo era o que não faltava.
12/12/12, o primeiro desafio do Corinthians era a semifinal contra o Al-Ahly do Egito. Um jogo onde era, indiscutivelmente, o favorito. Mas ambos os times surpreenderam em campo. O Corinthians porque não foi o time que todos estão acostumados a ver. E o Al-Ahly por que sufocou o time brasileiro em certos momentos da partida.            
O Corinthians começou bem, porém um pouco afobado. Aos 29’ do primeiro tempo, depois de um cruzamento de Douglas e uma cabeçada precisa de Guerrero o Corinthians abre o placar em Toyota. Alívio pra torcida corinthiana.   
No segundo tempo a história muda. O Corinthians se acomoda com o resultado e recua (muito!), chamando o Al-Ahly para o ataque. E foram assim os 45’ minutos restantes, com poucas chances para o Timão. Acabou o jogo, 1x0, sem zebras, Corinthians na final. Restava esperar o jogo do dia seguinte entre Chelsea x Monterrey. O que também foi como o esperado, porém, um pouco mais tranquilo que o do Corinthians. Chelsea dominou o Monterrey os 90 minutos, e venceu, sem sustos, por 3x1. O que fez muitos, mais uma vez, duvidarem da capacidade do alvinegro paulista. “Chelsea poderia até jogar com time reserva”; ”Será igual a Santos x Barcelona ano passado”; “Corinthians deveria fazer igual ao Tigre, pra não passar vergonha”, foram algumas das menções feitas por torcedores rivais e até alguns comentaristas. “No fim das contas, não faz tanta diferença.” disse Rafa Benítez, quando perguntado sobre o alto número de torcedores adversários. Ramirez disse que o time inglês não conhece o Corinthians. O próprio Chelsea se dizia favorito para o jogo.
16/12/12 o dia que entrou pra história, não só do Corinthians, mas do mundo. Chegou o dia esperado por todos: A grande final. Corinthians e Chelsea se enfrentariam em Yokohama, o estádio do penta brasileiro, pelo título de melhor time do mundo. A fiel fez Yokohama virar o Pacaembu. Até alguns japoneses que chegaram com a camisa do Chelsea, a hora que viram a festa e a empolgação do “bando de loucos”, trocaram de lado. Torcida corinthiana tomando a maior parte dos 68.275 pagantes no estádio e fazendo festa como se estivesse em casa.  
O jogo começa, e o Corinthians com a cara de Corinthians reaparece. Teve equilíbrio o jogo inteiro. Ambos os times jogaram bem, e o time paulista não teve medo de ir pra cima dos ingleses. Cássio fez defesas espetaculares, arrancando gritos de torcedores dos quatro cantos do mundo. No segundo tempo o Corinthians começou melhor e atacando mais. Aos 23’ do segundo tempo, numa jogada coletiva em que a bola passa pelos pés de vários jogadores e foi parar, novamente, na cabeça de Guerrero, para fazer o gol do título e libertar o grito preso na garganta do corinthiano. O gol que fez o Brasil explodir, o Japão explodir, o mundo explodir. Após o feito, o Corinthians continuou jogando com muita seriedade, e, agora, o Chelsea atacava mais, porém, Cássio continuava fazendo a melhor partida de sua vida. Pegava até pensamento. Um gol impedido do Chelsea aos 43’ e uma bola na trave aos 49’ foram os aperitivos para o tão famoso sofrimento corinthiano.     
Enfim, o apito final! Após muitas críticas, muitas dúvidas, e muita garra, o Corinthians se consagra Bi Campeão Mundial de Clubes da FIFA. Ainda acham que Chelsea poderia jogar com time reserva? Rafa Benítez ainda acha que a torcida não faz diferença? Chelsea conheceu o Corinthians? O Timão mereceu esse título. O Tite, a diretoria e os jogadores fizeram por merecer mais essa conquista. Mas, quem realmente merecia esse triunfo, era a fiel. O Bando de Loucos apaixonados, que viajou ao outro lado do mundo, que perdeu o emprego, que vendeu o carro, a casa, entre outras loucuras, só pra ver o time jogar, porque sabia da capacidade e merecimento do Campeão da América e, agora, Campeão Mundial. Depois dessa, o Japão nunca mais será o mesmo. Prazer, eu sou Corinthians!
Pode comemorar bando de loucos, o mundo é de vocês!  

BANZAI CORINTHIANS!   
Por: Júlia Lopes

PARABÉNS JÚLIA!

 

Professoras da Área de Linguagens (Wanderléa, Loris, Daniela, Gisele e Rosana).

 

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